Na fazenda Itaicá, em Atibaia (SP), o casal Eugênio e Márcia Basile prova que mel tem identidade e muda conforme o solo, a vegetação, o clima e a época do ano – em suma, que tem terroir. À frente da Mbee, eles cultivam abelhas da espécie Apis Mellifera, aquela comum, listrada de preto e amarelo, e também abelhas nativas brasileiras, que não têm ferrão e dão origem a uma infinidade de meles de grande potencial gastronômico.
As Apis Mellifera vivem em caixas, espalhadas pela propriedade e fazendas vizinhas, e se alimentam da vegetação típica da Serra da Mantiqueira. Por ano, o casal esvazia as caixas ao menos duas vezes – as colheitas são realizadas nos meses de floradas mais fartas, geralmente janeiro e maio. A linha Mel de Terroir inclui produtos deles e de outros apicultores – assim é possível notar a diferença de cores, aromas e sabores.
Mais diversa ainda é a linha de meles de abelhas nativas. Entre as que vivem na Fazenda Itaicá e as garimpadas entre outros pequenos fornecedores de vários estados, são 11 espécies – e cada uma produz um mel de personalidade única. Como têm pouca concentração de açúcar e alto teor de água, todos são mais ácidos, menos doces e também fazem bonito nas receitas salgadas e até nos drinques. São raros também: uma caixa de abelhas jataí, por exemplo, não produz mais do que 300 gramas de mel por ano. Daí o preço bem mais alto.
Na loja online da Mbee, é possível conhecer todo o potencial dos meles de terroir. Além dos produzidos pelas abelhas Apis Mellifera e pelas nativas, há favos, pólen, própolis e itens exclusivos desenvolvidos por chefs de cozinha e produtores parceiros – de presunto curado com mel à nova linha de cervejas com meles nativos, desenvolvida pela Cervejaria Bragantina, vizinha da Itaicá. Outra novidade é o Melato de Bracatinga, que vem das regiões mais altas de Santa Catarina, cujo processo de extração é bem diferente e resulta em um mel escuro, menos doce e com grande potencial gastronômico.
LOJA MBEE
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